Comemoração
à Lei Áurea que foi sancionada em 13 de maio de 1888 pela princesa
Isabel determinando a libertação imediata de escravos.
No início do século XIX, houve vários acordos entre os países
escravocratas europeus para que a escravidão fosse abolida. A partir de
1810, a Inglaterra começou a exigir que o Brasil pusesse fim ao tráfico
de escravos e, após 1822, essa exigência foi mais intensa, como condição
para que fosse reconhecida a emancipação brasileira. Contudo, o tráfico
teve continuidade, visto que nossa economia dependia da mão de obra
escrava.
Setores da classe média emergente, formada por intelectuais,
comerciantes, advogados e jornalistas, começaram a se mobilizar para pôr
fim à escravidão. Para eles, o trabalho escravo era uma deformação que
provocava atraso econômico e degradação social.
Muitos abolicionistas eram a favor do trabalho assalariado, mas
temiam que a libertação dos escravos pusesse em risco a grande
propriedade. Os moderados passaram a defender, na imprensa e nas
tribunas, uma abolição em etapas. Os grupos radicais, porém, chegaram a
apoiar rebeliões e fugas como forma de pressão contra o regime
escravocrata. Mas todos tinham em comum o pensamento de que a escravidão
era o grande motivo pelo qual o país se encontrava num grande atraso
econômico.
A posição do Império não poderia ser contrária à da maioria. O
Imperador tentava administrar a questão fazendo com que a abolição se
desse de forma gradual, pois tinha receio de que tal fato pudesse
descontentar os políticos que eram também latifundiários e proprietários
de muitos escravos. Esse posicionamento, porém, teve de mudar quando a
campanha abolicionista ganhou as ruas, tornando-se um movimento popular.
Leis abolicionistas
Em pouco mais de 17 anos, o Brasil teve três leis abolicionistas:
Lei do Ventre Livre, de 28 de setembro de 1871:
decretava livre os filhos de escravos nascidos a partir da data de sua
aprovação, mas os senhores mantinham o direito de explorar o trabalho
dessas crianças até os 21 anos.
Lei dos Sexagenários, de 28 de setembro de 1885:
tornava livres os escravos com mais de 60 anos. Os escravos com mais de
65 estavam imediatamente livres. Essa lei favorecia sobremaneira os
fazendeiros, pois eles podiam se livrar dos poucos escravos que chegavam
a essa idade e já não podiam trabalhar.
Lei Áurea, de 13 de maio de 1888: sancionada pela
princesa-regente Isabel, filha de D. Pedro II, quando este se encontrava
em viagem pela Europa, determinava a libertação imediata de cerca de
setecentos mil escravos que existiam no Brasil, numa época em que todas
as nações do mundo já haviam abolido o trabalho escravo.
A maior parte desses escravos acabava retornando aos seus antigos
senhores para não morrer de fome, pois não tinha emprego nem qualquer
apoio da Coroa ou de suas entidades.
http://www.cnec.br
Do livro: Datas Comemorativas cívicas e históricas, publicado por Paulinas Editora.
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