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terça-feira, 21 de março de 2017

Ivaldo Paixão é reeleito presidente do Movimento Negro PDT


O Movimento Negro do PDT reelegeu seu presidente por aclamação, em Congresso realizado durante a tarde e a noite da última sexta-feira (17), no Hotel Nacional, em Brasília.
No Congresso do Movimento Negro, o jornalista Nilton Nascimento proferiu palestra sobre a atuação de Leonel Brizola, ao lado de Abdias do Nascimento, em favor da comunidade negra. “Brizola previu e priorizou a atuação contra a discriminação racial, logo na criação do estatuto pedetista. Foi ele, também, quem criou o primeiro órgão a favor dos negros no Brasil”, lembrou o jornalista.
“Precisamos ocupar nosso espaço dentro da política e apoiar nossos companheiros para que isso aconteça. A comunidade negra representa grande parte da população nacional e precisa ser representada para atender as necessidades de um povo de maioria pobre”, disse Paixão ao pedir coesão política ao grupo.
O presidente Carlos Lupi também falou aos membros do Movimento. “Trazemos em nossa história uma trajetória de luta pela justiça de raça, cor, credo. Somos orgulhosos disso. Temos, agora, que resgatar a história do Brasil, quitar nossa dívida social com os negros e traçar um caminho justo para todos”, frisou.
O encontro contou com a presença dos deputados federais Hissa Abrahão (AM), Weverton Rocha (MA) e André Figueiredo (CE). No final da reunião, Ivaldo Paixão foi reeleito presidente do Movimento para o biênio 2017 – 2019, com a chapa “Equidade – Estamos Juntos!”.

DIRETORIA EXECUTIVA
PRESIDENTE: Ivaldo Ananias Machado da Paixão (CE)
1º VICE-PRESIDENTE: Luiz Eduardo Oliveira (RJ)
2º VICE-PRESIDENTE: Sérgio Nunes (RS)
SECRETÁRIA GERAL: Flávia Helena de Lima (SC)
1º SECRETÁRIO: Edney Costa Castilho (SP)
TESOUREIRO GERAL: Antonio Braz (PR)
1º TESOUREIRO: Ivanildo da Silva de Farias (MA)
SECRETARIA DA MULHER NEGRA: Cândida Maria Ferreira (RJ)
SECRETARIA DA JUVENTUDE NEGRA: Wemerson Catarino (MG)
SECRETARIA DE ART. E CAPACITAÇÃO POLÍTICA: Cecília da Silva (BA)
SECRETARIA DE MOBILIZAÇÃO: Sérgio Murilo Silva Granja (CE)
SECRETARIA DE MOVIMENTOS SOCIAIS: Francisco Brigido da Costa (AC)
SECRETARIA DE PROJETOS E EVENTOS: André Paulino (MS)
SECRETARIA DE COM., PUBLICIDADE E MARKETING: Antonio de J. S.Miranda (RO)
SECRETARIA JURÍDICA: Josefina Serra (DF)

CONSELHO CONSULTIVO

PRESIDENTE: Everaldo dos Santos (SP)
VICE PRESIDENTE: José Ribamar Sousa da Silva Neto (AM)
SECRETÁRIO: Joel Antonio da Penha (MS)
SUPLENTE: João Feliz da Luz Sardinha (PA)
SUPLENTE: João Nascimento Sales (AP)
SUPLENTE: Paulo Soriano da Silva (AC)
SUPLENTE: José Francisco Pereira da Silva (RO)
SUPLENTE: Eron Gregório Silveira (SP)

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE: Edvaldo Carlos de São Pedro (AL)
VICE PRESIDENTE: Márcio Eduardo de Lima (PE)
SECRETÁRIO: Flávio Santiago (RJ)
SUPLENTE: Ieda Jully Souza (SE)
SUPLENTE: Dorivaldo Francisco Ramos(GO)
SUPLENTE: Edher de Souza Ferreira de Miranda (ES)

CONSELHO DE ÉTICA

PRESIDENTE: Lia Vieira (RJ)
VICE PRESIDENTE: Sandro dos Santos Correa (BA)
SECRETÁRIO: Raimundo Gomes dos Santos (PI)
SUPLENTE: João Maria da Costa Araújo (RN)
SUPLENTE: Miriam Aparecida de França (MT)
SUPLENTE: Gilmar Cesar Martins do Nascimento (PE)

CONSELHO DELIBERATIVO

PRESIDENTE: Núbia Cristiana Santana de Souza (AP)
VICE PRESIDENTE: Roberto dos Santos Rodrigues (BA)
SECRETÁRIO: Daniel da Vitória Ferreira de Melo (ES)
SUPLENTE: Raimundo Rosinaldo Costa Guedes (RO)
SUPLENTE: Silvana Maria Cardoso (SC)
SUPLENTE: Irineu Ferreira da Cruz (PR)


terça-feira, 14 de março de 2017

Abdias Nascimento: um ícone na defesa da causa negra


Ao lado de Leonel Brizola, o ex-senador fortaleceu as lutas históricas do PDT
* Por Bruno Ribeiro
Brasília, 14/3/2017 – Em sua longa trajetória de militância, Abdias Nascimento (1914-2011), que completaria hoje (14) 103 anos, dedicou-se intensamente às causas do movimento negro, com destaque para o combate ao preconceito e a discriminação racial, fortalecendo, assim, a defesa da igualdade.
Bacharel em ciências econômicas e exaltado por ser ainda dramaturgo, pintor, escritor e professor, Abdias ficou no exílio durante 13 anos após a edição, em 1968, do Ato Institucional nº 5 pelo regime militar. Após a volta do exílio (1968-1978), ingressou na política para participar, ao lado de Leonel Brizola, das lutas do PDT, onde foi vice-presidente. Na sequência, foi eleito deputado federal, de 1983 a 1987, e senador da República entre 1997 e 1999.
Nascido em Franca (SP), Abdias, sempre esteve à frente de projetos pioneiros na luta pela igualdade racial, como o Teatro Experimental do Negro e o jornal Quilombo, além de ser um dos principais idealizadores do Dia da Consciência Negra.
Para o portal desinformemonos.org, ele declarou que a Lei Áurea não passava de uma mentira cívica. “Sua comemoração todo ano fazia parte do coro de autoelogio que a elite escravocrata fazia em louvor a si mesma no intuito de convencer a si mesma e à população negra desse esbulho conhecido como ‘democracia racial’, reafirmou..
Sobre o  racismo no Brasil, diz ele se caracteriza pela covardia. “Ele não se assume e, por isso, não tem culpa nem autocrítica. Costumam descrevê-lo como sutil, mas isto é um equívoco. Ele não é nada sutil, pelo contrário, para quem não quer se iludir ele fica escancarado ao olhar mais casual e superficial”, relatou.
“O olhar aprofundado só confirma a primeira impressão: os negros estão mesmo nos patamares inferiores, ocupam a base da pirâmide social e lá sofrem discriminação e rebaixamento de sua autoestima em razão da cor. No topo da riqueza, eles são rechaçados com uma violência que faz doer”, completou.
Ao analisar a classe dominante brasileira, Abdias remete ao histórico da disparidade nacional, que é alimentada diariamente. “Quando não discrimina o negro, a elite dominante o festeja com um paternalismo hipócrita ao passo que apropria e ganha lucros sobre suas criações culturais sem respeitar ou remunerar com dignidade a sua produção”, avaliou.
“Os estudos aprofundados dos órgãos oficiais e acadêmicos de pesquisa demonstram desigualdades raciais persistentes que acompanham o desenvolvimento econômico ao longo do século 20 e início do 21 com uma fidelidade incrível: à medida que cresce a renda, a educação, o acesso aos bens de consumo, enfim, à medida que aumentam os benefícios econômicos da sociedade em desenvolvimento, a desigualdade racial continua firme”, acrescentou.
Legado e futuro
Em entrevista ao site do PDT, o presidente do Movimento Negro do PDT, Ivaldo Paixão, exalta a importância de Abdias para o partido e para as questões raciais no país. “O Movimento Negro do PDT teve sorte de ter um ícone internacional na luta das questões raciais como o senador Abdias. Brizola também foi fundamental, incluindo o combate à desigualdade racial em seus programas, tanto de governo quando do partido”, afirmou.
Ao analisar a situação política, ele aponta para o nível da instabilidade nacional. “Ali colocamos em prática o nosso discurso. “Hoje, me preocupo com esse governo interino. Tenho visto o esvaziamento das secretarias de igualdade social do Ministério da Cultura e isso é um retrocesso. Mas é esse tipo de coisa que nos motiva e dá força para nos reestruturarmos e enfrentarmos o processo que está acontecendo.

Bruno Ribeiro

    Secretário de Comunicação da FLB-AP

    sábado, 11 de março de 2017

    A reforma da Previdência é necessária, mas sou contra essa reforma do jeito como ela foi apresentada pelo governo ao Congresso Nacional. É necessário ajustar as contas da previdência, para assegurar sua sustentabilidade, mas não podemos retirar direitos sagrados dos trabalhadores.

    quarta-feira, 8 de março de 2017

    O Dia Internacional da Mulher e a luta pela equidade de gênero


    A história do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, está diretamente ligada à luta de classes. Não por acaso, um dos protagonistas do movimento é a Internacional Socialista (IS) – instituição da qual o PDT é o único partido brasileiro membro. Essa data é hoje símbolo de uma série de reivindicações e conquistas de direitos, sobretudo no âmbito trabalhista.

    A Segunda Revolução Industrial e a Primeira Guerra Mundial, ocorridas na virada do século XX, foram o pano de fundo para a criação da data, pois o período marca a inserção da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. O primeiro Dia Internacional da Mulher, inclusive, foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, para enaltecer o protesto das operárias da indústria do vestuário de Nova York contra as más condições de trabalho.

    Dirigida pela IS, em 1910, a primeira Conferência Internacional de Mulheres Socialistas ocorreu em Copenhague, capital da Dinamarca. Nesse encontro, que teve como mote o direito de voto para as mulheres, a igualdade dos sexos e o socialismo, foi instituído o Dia Internacional da Mulher, proposto pela socialista alemã Clara Zetkin, sem, contudo, que uma data tivesse sido especificada.

    Nos anos seguintes, os protestos e greves, que já ocorriam desde a segunda metade do século XIX , se intensificaram na Europa e nos Estados Unidos. A maioria dos movimentos reivindicava melhorias nas condições de trabalho nas fábricas e a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais para as mulheres. Tais movimentações acabaram de modo a enquadrá-las, por vezes, à agenda revolucionária.

    Foi o que aconteceu na Rússia em 8 de março de 1917 – 23 de fevereiro pelo calendário juliano. Nesse dia, as operárias da indústria têxtil realizaram uma greve em massa, reunindo centenas de trabalhadoras nas ruas. O movimento somou-se às ações revolucionárias previamente planejadas contra o czar Nicolau II e em oposição à participação do país na Primeira Guerra Mundial, que culminou a Revolução de Fevereiro.
    Após a segunda fase da Revolução Russa de 1917, ocorrida em outubro – conhecida como Revolução Bolchevique ou Revolução Vermelha –, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai convenceu o revolucionário Lenin a tornar o 8 de março um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da “heroica mulher 
    trabalhadora”.

    Nos anos subsequentes, o objetivo da celebração teve o seu viés enfraquecido, ao ponto de o dia chegar a ser ignorado, até 1977, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o “Ano da Mulher”. Desde então, o dia 8 de março foi adotado pelas Nações Unidas como o Dia Internacional da Mulher, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.

    Edialeda do Nascimento, a força da mulher Trabalhista


    No Brasil, assim como em diversos países, a luta pelo direito das mulheres também agrega a luta pela igualdade racial. E é por isso que o PDT se orgulha de Edialeda do Nascimento, primeira mulher a se tornar uma figura determinante no movimento de conquistas das mulheres negras, em diferentes espaços políticos e institucionais.

    Graduada em medicina pela Universidade de Valença, no Rio de Janeiro, Edialeda era fluente em francês, italiano, espanhol e inglês. Secretária Nacional do Movimento Negro do PDT, Edialeda fundou o partido ao lado de Leonel Brizola depois de ter feito parte do Gabinete Civil do Presidente João Goulart, antes do golpe de 1964.

    No primeiro governo Brizola no Rio de Janeiro, em 1982, Edialeda assumiu a Secretária de Estado de Promoção Social. O fato entrou para história, pois foi a primeira negra a ocupar um cargo de secretariado estadual no Brasil. Na mesma gestão, também assumiu a Fundação Leão XIII.

    Como representante do PDT, Edialeda do Nascimento – falecida em fevereiro de 2010 –, participou, ainda, de diversas reuniões e congressos realizados na América Latina, Estados Unidos e Europa, inclusive da Internacional Socialista, além de ter sido organizadora e conferencista do I Congresso de Mulheres Negras das Américas, realizado, em 1984, no Equador.



    Por Elizângela Isaque e Bruno Ribeiro